18.1.11

Homenagem ao Dia Nacional do Fotógrafo - 8-01-11

Leia o manual!

O acesso à informação foi extremamente facilitado com o advento da internet. Atualmente, qualquer pessoa, em questão de segundos, adquire de bandeja conhecimentos teóricos e práticos sobre a arte fotográfica oferecidos de graça por colegas que demoraram anos para consegui-los. Utilizando o Google se acha tudo ou quase. Não me oponho ao progresso e à democratização do conhecimento em qualquer área. No entanto, é indispensável que os veteranos, ou pelo menos os participantes de fóruns virtuais, sempre reafirmem para os emergentes que o melhor aprendizado não é o que vem de fora para dentro, mas o empírico e constante, aquele construído com base na experiência cotidiana pessoal, única e intransferível.

Com a crescente popularização das câmeras digitais, dos cursos/disciplinas de fotografia e dos sites gratuitos para publicação de imagens, tornou-se necessário catequizar os neófitos e até alguns clientes de que para ser fotógrafo profissional é essencial ter vocação. Precisamos ser gratos ao desenvolvimento tecnológico, pois só quem viveu há algum tempo atrás sabe como era mais difícil obter boas informações sobre fotografia; como era mais caro e laborioso realizar um trabalho fotográfico de qualidade e como os equipamentos contemporâneos são surpreendentes na relação custo-benefício. Não basta querer ser fotógrafo, é preciso poder ser. Um fotógrafo que se diz profissional precisa no mínimo de:

- Talento (sensibilidade, criatividade, intuição etc)

- Investimento (equipamentos/softwares de alta qualidade sempre atualizados)

- Conhecimento técnico/prático em fotografia (em construção diária)

- Cultura geral (em construção diária)

- Ambição (vontade de se superar, produzindo fotos cada vez melhores)

- Ética (honestidade, respeito, pontualidade etc)

- Publicidade (divulgar e cobrar valores justos)

Enfim, nunca foi tão fácil ser fotógrafo e tão difícil ser um bom fotógrafo. Aquele que sempre surpreende os seus clientes. Não fotografamos com câmeras, nem com lentes, nem com os olhos, mas com o cérebro, ou seja, com a soma das experiências e valores da nossa história de vida. Não existe imagem perfeita, porém como a buscamos revela quem é digno de ser chamado de fotógrafo. Parabéns a ele(a)s!

Marcelo Dischinger

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